É caso para dizer: pobre e mal agradecido.
Quando o Governo da República quer normalizar os pagamentos aos fornecedores de bens e serviços, para uma média que se situe entre os 30 e os 40 dias (Programa Pagar a Tempo e Horas), lá vem o presidente do Governo Regional da Madeira, mesmo aflito como anda para liquidar os milhões que o seu governo contraiu, com um discurso inconveniente, altivo e de uma sobranceria tal que não ajuda nada uma desejável normalização das relações institucionais. Isto quando o presidente do Governo sabe que, em média, no seu governo, ronda os cinco meses de atrazo o pagamento da facturação, facto gerador de graves problemas no normal funcionamento empresarial, sobredo das pequenas e médias empresas.
Ora bem, não é que o presidente do Governo Regional tenha de tirar o chapéu e curvar-se seja lá a quem for pela abertura desta oportunidade, até porque a iniciativa assumida é para todo o país e, por outro lado, dentro de dez anos, terá de ser paga ao Estado (40%) e a uma instituição de crédito. A dívida, portanto, continuará, apenas as empresas poderão respirar algum alívio. Daí que, sem agressividade e menosprezo, o presidente devesse assumir uma atitude diferente, de responsabilidade, até porque ela insere-se numa desastrada e descontrolada política de gastar aquilo que a Região não pode. E bastas vezes em áreas não prioritárias e sem retorno ou efeitos positivos no bem-estar e no desenvolvimento económico, social e cultural da Região.
As declarações produzidas, a forma e o tom da comunicação, para quem tem capacidade de analisar, de cruzar elementos e de perceber o que está em causa, são confrangedoras e leva-me a repetir que "TUDO TEM O SEU TEMPO. ESTE PODER JÁ TEVE O SEU".
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