Por momentos não pude acompanhar mas, do que assisti e foi muito, gostei. Foi decente e esclarecedor. Sem manhas e rococós. De respeito mútuo e sem agressões. Por fim, bem conduzido, permitindo aos convidados a possibilidade de explanarem as suas propostas para a freguesia.
Do ponto de vista da análise ao conteúdo fica-me a triste imagem política do candidato do PSD-M quando assumiu que o seu programa de candidatura está articulado com os secretários regionais do governo PSD. Isto é, não disse mas depreende-se, que se não ganhar não há obras para ninguém. De resto, tal como fizeram em Machico, no Porto Santo e em várias Juntas de Freguesia lideradas pela Oposição, que bloquearam até conseguirem o poder. Depois abriram os cordões à bolsa e foi um fartar! Foi o pior momento do debate, porque fez emergir a tendência pela conquista de um poder avassalador e de subjugação dos adversários e da vontade popular aos interesses partidários. Bem sublinhou a candidata Aura Teixeira Nunes, que o Povo não deve nada ao Governo, pelo contrário, construindo aquilo que está por fazer, certamente que ainda fica em dívida face ao muito que as pessoas têm dado à freguesia.
Ora, numa democracia adulta, o próprio governo deveria demarcar-se daquelas atitudes, porque o Povo elege, cada vez mais, pessoas e seja lá quem tutele o poder autárquico é seu dever pugnar pela solução dos problemas que afligem as populações. Sobretudo, no caso das freguesias cujos orçamentos pouco mais dão do que para a despesa corrente de funcionamento.
É tempo deste PSD acordar para a revolta que está a criar junto das pessoas. Aquele debate, demonstrou que Gaula, a caminho dos 500 anos, tem uma tradição democrática que foge à lógica dos comportamentos políticos que por aí andam há muitos anos. O futuro próximo o dirá.
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