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domingo, 1 de junho de 2008

LIBERALIZAÇÃO: COMO O GOVERNO ENGANOU OS MADEIRENSES

Acabo de ler o texto do designado Grupo de Trabalho que se ocupou do estudo conducente às negociações sobre a liberalização do espaço aéreo. O estudo é sério e muito claro relativamente às opções que a Região deveria seguir. Desse documento, que pode ser lido, na íntegra, em http://www.psmparlamento.org/ sublinho a seguinte parte:

"Assim e ponderadas as possibilidades, o Grupo de Trabalho recomenda a adopção de um cenário de liberalização com condições contratuais, uma vez que numa liberalização sem condições contratuais, seria de esperar maior oferta e menor preço, mas estes efeitos podem não se verificar necessariamente ou podem acontecer com avanços e recuos. A dimensão do mercado e a “elasticidade” da procura são determinantes para que os efeitos esperados aconteçam e não acontecem do mesmo modo em todos os segmentos. Assim, porque a liberalização sem condições contratuais das ligações aéreas pode não significar mais voos, menor preço e maior capacidade, até porque eliminando-se a obrigação da frequência e a obrigação de continuidade dos serviços, seria natural que os operadores procurassem adequar a oferta em função da procura, o que poderia fazer flutuar de forma significativa a oferta em relação ao modelo actual, o Grupo de Trabalho de forma unânime entende que a Região não deverá correr estes riscos, razão pela qual a liberalização com condições contratuais é aquela que neste momento melhor salvaguarda os interesses da Região."
Daqui se conclui que o Governo Regional não seguiu as indicações do Grupo de Trabalho. Preferiu uma liberalização total. Ora, politicamente, a Senhora Secretária Regional do Turismo e Transportes é a visada número um deste processo. Simplesmente porque aceitou, regozijou-se e mandou às malvas os interesses dos madeirenses.
Se tivessemos um Parlamento sério, toda esta história teria ali de ser contada para que todos nós percebessemos as razões que se escondem por detrás da atitude do governo.

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