Que diabo, é tempo de estudarem os problemas, de acertarem com o essencial dos assuntos em debate e de trazerem ao espectador aquilo que ele desconhece. O espectador dispensa, naturalmente, conversa fiada, trivialidades e tudo aquilo que já é do conhecimento público.
A RTP-Madeira, no jornal de ontem, uma vez mais, preencheu um espaço, é verdade, com a candente questão do preço dos combustíveis, mas se aquilo valeu para alguma coisa, digo eu, valeu zero. Em tempo de futebol eu diria que se tratou de uma sucessão de bolas à trave e de desajeitados chutos para o ar. Entre variadíssimas questões, ninguém explicou o facto de, na Madeira, os combustíveis serem mais caros que nos Açores; ninguém explicou as razões que subjazem ao facto dos preços estarem liberalizados na Madeira e nos Açores não.
A RTP-Madeira tem obrigação de ser rigorosa e profunda. A importância do jornal da noite não pode confundir-se com uma qualquer conversa de café. A RTP tem de preparar-se e tem de saber escolher as pessoas que convida. Só vale a pena um debate no jornal da noite, mesmo que limitado no tempo, se os convidados acrescentarem alguma coisa ao domínio do conhecido. O próprio formato de duas pessoas para falar do mesmo assunto não é feliz. Mais valia a presença de um especialista na área económica que conseguisse cruzar toda a informação disponível. Mas, enfim... será que se pode esperar mais do serviço público? Não me digam que o problema, aqui, também é de meios!
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