Ontem, a RTP-Madeira, abriu o Jornal noite, isto é, o seu principal serviço informativo, com a "importante" notícia da contratualização do novo técnico do Marítimo. Deixou, para depois, assuntos de uma relevante importância, por exemplo, a alegada fraude do IVA que está sob investigação, o desenvolvimento e os porquês do "Programa Pagar a Tempo e Horas" e as razões substantivas que levam a Madeira a dever tanto dinheiro, quando as leituras políticas estão muito para além do que disse o Dr. Pedro Calado e o Presidente do Governo, e só lá mais para o final, a conferência de imprensa do PS-M, de indiscutível oportunidade, face à situação muito grave que se vive nas pescas, cujo gasóleo, é 62% mais caro que na Região Autónoma dos Açores.
A peça jornalística (rigorosamente bem elaborada, valha-nos isso) denunciou a situação. Mas o Secretário do Ambiente e Recursos Naturais, Dr. Manuel António, lá veio com um comunicado da treta (como se a Lei das Finanças Regionais tivesse alguma coisa a ver com isto), corroborado, logo a seguir pelo Presidente do Governo que, claramente, disse aos oitocentos e tantos pescadores madeirenses que tirassem o cavalinho da chuva porque redução do preço (imposto) nem pensar!
Enfim, motivos mais do que suficientes, penso eu enquanto espectador, para colocar frente-a-frente, no TJ, o Secretário das Finanças e o Dr. Carlos Pereira, Deputado do PS-M que, na Assembleia tem assumido as questões económico-financeiras. Mas será que estou errado? Será que os madeirenses não têm direito a perceber o que está em jogo? Será que terão de ficar pela conversa inconsistente e infundamentada do presidente que, no essencial, disse: "(...) não me peçam, à Madeira, que é uma coisinha, que é um ponto assim no mapa, para fazer aventuras"? Será que os oitocentos pescadores e respectivos armadores não devem ver estes assuntos debatidos? E por que razão não são?
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