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sábado, 31 de julho de 2010

O CHEFE CHEGOU: ACÇÃO!

"Chefe decide, está decidido. Entende que, como ganha eleições, pode ser 'juiz em causa própria', pode ser 'árbitro e jogador ao mesmo tempo".

O Jornalista Luís Calisto assina, na edição de hoje do DN, mais uma notável crónica caracterizadora do "Estado do Regime na Região". Vale a pena ser lido. Aqui fica um excerto:
"(...) Que interessa a quem está no poder? Ocupar os espíritos. Enquanto o governo discute os jornais, os jornais não discutem o governo. A Madeira é a única terra do mundo onde é a Política a criticar a Crítica, em lugar de ser a Crítica a criticar a Política. Só aqui, TV e jornais são notícia. Diária. Há 30 anos. E enquanto o asfixiante sistema boicota a missão das redacções, o povo não pensa no futuro de uma Região metida no beco sem saída onde se encontra. Na alaranjada arquiconfraria, a proliferação de adjuntos e assessores deveria, ao menos, libertar o chefe dos seus ímpetos exibicionistas. Um presidente não devia fazer de 'emplastro', a impingir-se às câmaras de TV o tempo todo. Quinta-feira, chefe foi à bola e apareceu em planos fixos, 'zoom in' e 'zoom out' mais vezes do que os marcadores de oito golos, além das citações e alusões nos comentários. Desta vez não haverá 'post scriptum'.
Ilustração: DN.

4 comentários:

Anónimo disse...

Não é só o AJJ a se fazer á TV. È a oposição toda com o PS à cabeça. Comunicação social na Madeira é um desastre com os polítiqueiros TODOS que asfixiam as redacções com conferências de imprensa disto e daquilo num autêntico exibicionismo e pressão premanente.O AJJ tem bons seguidores.Carlos Pereira e André Escórcio são os melhores exemplos. Revejam os respectivos blogues. Elucidativos!

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário "anónimo" (direito que lhe assiste). Pessoalmente, não gosto, porque sempre assumi, desde pequenino, tudo o que faço e digo.
Permita-me, a sua observação enferma de um erro. Desde logo, da minha parte e penso que da parte do PS não existe pressão alguma. O que existe é a denúncia de uma história de bastidores, muito complexa, que consta de uma exposição ao Conselho de Administração, ao Conselho de Opinião e à Entidade Reguladora. O Conselho de Opinião, em resposta, foi corrosivo para com o Conselho de Administração. E, agora, aguarda-se pela posição da ERC que apenas aguarda resposta às perguntas feitas ao Conselho de Administração da RTP. Aí se conhecerão os pormenores da marosca.
O problema está aí, nas jogadas de bastidores para colocar quem o PSD quer e entende.
A minha posição é clara: quero uma RTP, de serviço público, independente e gerida de dentro para fora. Não quero que o controlo esteja na Quinta Vigia ou na Rua da Alfândega. Entendeu, meu caro?
Quanto às conferências de imprensa, obviamente, como a RTP não estabelece o contraditório, só resta à oposição realizar conferências de imprensa.

Anónimo disse...

Então se quer uma RTP, de serviço público, independente e gerida de dentro para fora escolheu mal a citação; porque esse senhor jornalista foi, na RTP, o exemplo de gestão de fora para dentro e totalmente subordinada ao PSD. Ninguém fala das peças que foram censuradas e dos textos impingidos aos jornalistas, porquê?

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Conheço o Jornalista Luís Calisto desde muito jovem. Tenho por ele uma grande admiração e estima pessoal. Nunca foi e não é um Homem da censura mas um Homem da Liberdade. As suas análises são transparentes e lúcidas. Faz parte do leque de Jornalistas que a Região se deve orgulhar.