O que andam a "descarregar" (download) sobre o povo em geral e sobre a juventude em particular, no plano político, obviamente, são versões antigas geradoras de insatisfação. A própria Igreja precisa de um upgrade ao contrário de continuar a descarregar a Palavra repetida e descontextualizada. Com os mesmos princípios e valores doutrinários, o seu software tem de ser outro para que a juventude consiga bem trabalhar no teclado da vida.
D. António Carrilho, Bispo da Diocese do Funchal falou ontem de uma geração "download". Sinceramente, mesmo no contexto que Sua Excelência Reverendíssima enquadrou o conceito, eu continuo a preferir lutar por uma geração upgrade. Uma geração que não se resuma a transferir dados, a sacar, a baixar e a copiar elementos, pelo contrário, entendo que temos de intervir com paradigmas upgrade. E se falamos em termos de computação, eu diria que o hardware, em todos os âmbitos de análise, tem de ser melhorado para versões mais atualizadas, de tal forma que possa receber o software adaptado aos sinais dos tempos. O que andam a "descarregar" (download) sobre o povo em geral e sobre a juventude em particular, no plano político, obviamente, são versões antigas geradoras de insatisfação. A própria Igreja precisa de um upgrade ao contrário de continuar a descarregar a Palavra repetida e descontextualizada. Com os mesmos princípios e valores doutrinários, o seu software tem de ser outro para que a juventude consiga bem trabalhar no teclado da vida.
E sobre esse novo software, deveria aí D. António Carilho ter uma palavra no quadro da ciência da computação da vida, no sentido de colocar em sentido os decisores políticos da Madeira que, há trinta e seis anos preferem o mesmo hardware educativo (e não só) onde correm currículos e programas desajustados. É por aí que temos de recomeçar, porque de nada vale "anunciar Jesus e a sua maravilhosa boa nova de paz e alegria, o Evangelho como ideal e mensagem de vida", como salientou D. António Carrilho, quando há desespero, fome, desestruturação social e familiar e quando assistimos ao mais completo desvirtuamento dos princípios humanistas.
Cristo Jesus viveu no meio dos Homens. O seu software correu num hardware tão atualizado que dispensou downloads de emergência, tampouco de um qualquer facebook para multiplicar a Palavra. A mensagem multiplica-se, hoje, se o Homem, no caso específico da Igreja, souber enfrentar, denunciar e corrigir os comportamentos dos vilões e essa espécie de fariseus (na política há tantos) dos novos tempos que se consideram mais justos e santos que todos os outros.
É por isso que a luta da Igreja, enquanto instituição milenar e experiente, terá de relegar o circunstancialismo das palavras que não têm eco, as palavras bafientas, relegar esse sofware que já não adianta, fazer um upgrade da mensagem compaginada com as causas políticas que, a montante, estão a gerar uma sociedade que caminha para a sua autodestruição.
2 comentários:
O download não é o descarregamento sobre nada. É feito por opção de quem recebe e consome e não por imposição de quem produz e envia...
Obrigado pelo seu comentário.
Porém, penso que fui muito claro naquilo que escrevi.
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