Razão tem o Deputado, Dr. Carlos Pereira, assumida no plenário desta manhã: "(...) O que o PSD precisava era de uma acção de despejo, porque quando alguém não paga o que deve é posto na rua".
A 29 de Julho de 2010, a pedido do grupo parlamentar do PS, na Assembleia Legislativa da Madeira, foi debatida a importante questão do desemprego. O PS, na altura, feitas as contas, apontou para uma taxa de 12%. Instalou-se o conflito com o Secretário dos Recursos Humanos, entre outras declarações que constam do Diário das Sessões, que os deputados do PS não sabiam “nada de coisa nenhuma” (…) que “os senhores não valem nada” (…) que o discurso do PS é “de barraca” e que este grupo parlamentar “vomita ódio, inveja e intriga” e que, pela aproximação das férias, o Grupo que se tratasse, "porque é muito grave a sua doença”. Passado menos de um ano, vem o Instituto Nacional de Estatística definir uma taxa de 13,9%. Não interessa aqui saber se a metodologia de avaliação do desemprego é agora diferente. Certo é que o protocolo é igual para todo o país e que a Madeira está acima da média nacional (12,4%) e que, em relação aos Açores apresenta uma taxa superior em 4.4%.
No último debate, o Secretário Dr. Brazão de Castro, apresentou uma falsa taxa de 6,3% e vociferou contra todos os que afirmaram a fuga à verdade face aos números reais do desemprego. E agora, Senhor Secretário? Face à realidade, face a esta tragédia social o que tem a dizer? Não só ele, mas também o Vice-Presidente do Governo que tem à sua responsabilidade as questões económicas.
No último debate, o Secretário Dr. Brazão de Castro, apresentou uma falsa taxa de 6,3% e vociferou contra todos os que afirmaram a fuga à verdade face aos números reais do desemprego. E agora, Senhor Secretário? Face à realidade, face a esta tragédia social o que tem a dizer? Não só ele, mas também o Vice-Presidente do Governo que tem à sua responsabilidade as questões económicas.
Preocupa-me esta situação. Vinte mil desempregados equivale a mais de dois estádios de futebol dos Barreiros (com a actual configuração) completamente cheios. É dramático, convenhamos. Dramático pelo que isso traduz de graves constrangimentos sociais, de pobreza, de exclusão, de insegurança e, possivelmente, de criminalidade. E atenção, aquele número não traduz toda a realidade, porque, semanalmente, há muitos jovens a sairem da Madeira por não encontrarem aqui caminhos de futuro e com futuro. Razão tem, pois, o Deputado Dr. Carlos Pereira, assumida no plenário desta manhã: "(...) O que o PSD precisava era de uma acção de despejo, porque quando alguém não paga o que deve é posto na rua". Isto a propósito da situação de muitas empresas que têm de despedir porque o governo não paga a tempo e horas. Daí, disse o Deputado, face à dimensão das dívidas e das consequências ao nível de falências e desemprego, os empresários deveriam pedir a "penhora dos carros dos senhores secretários" e avançar com "acções de injunção" e, por último, "não pagar impostos". As receitas fiscais, como se sabe, "entram nos cofres do Governo e vão para campos de golfe e espetadas". O drama é esse. Quando é que este Povo acorda?
Ilustração: Google Imagens.
3 comentários:
Infelizmente este género de acusações (como você bem sabe!) são o pão nosso de cada dia. Mas a verdade acaba por vir sempre ao de cima!
P.S.: Espero que não se importe mas tenho utilizado algumas vezes as suas crónicas no meu blog (www.madeiracorrupta.com)
Obrigado pelo seu comentário.
Antes pelo contrário, constitui um sinal de amizade e de pontos de vista. A Democracia constrói-se assim, na divulgação e no debate.
Senhor Professor
Uma acção de despejo?!! Não acha que era uma crueldade deixar essa gente ao relento? Despejá-los,sim,mas, dar-lhes o adequado abrigo... na cadeia, para que a ladroagem passasse a ter uma refinada elite.
O pior é que, quando isto naufragar, a "rataria" põe-se ao fresco,e, nunca mais alguém lhe põe a vista em cima!
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