Ouvi o Dr. Fernando Nobre assumir: "Em Maio (...) tornarei pública a decisão que, repito, já tomei. Ela exclui, em definitivo (...) a aceitação de qualquer cargo de nomeação político-partidária". Ora, aquela que parecia constituir uma reserva de cidadania e de independência, acaba por soçobrar aos apetites de uma vida política.
Primeira:
Reclama o Presidente do PSD-Madeira, "mais autonomia". Pergunto, mais autonomia para quê, se ele não sabe utilizar aquela que dispõe?
Mais autonomia fará desta Região, a prazo, uma terra próspera, uma região de pobreza residual, de quase pleno emprego, pujante ao nível empresarial? Nada disso. Esta terra não avança e não atingirá os patamares de sucesso com mais autonomia política e administrativa. Conseguirá lá chegar com inteligência e responsabilidade política, com uma mudança radical no seu modelo económico e com uma aposta séria na Educação. Tudo o resto é paleio de quem não sabe ou de quem se encontra enredado num labirinto do qual não consegue safar-se. Basta dizer que tudo quanto foi conseguido na decorrência da Revisão Constitucional de 2004, ainda não foi plasmado no Estatuto Político-Administrativo da Madeira. E ele continua, porém, a falar da necessidade de uma nova revisão constitucional quando não aproveitou, ainda, a de 2004. P...a...l...e...i...o!!!, apenas paleio para esconder a realidade da Madeira em todos os sectores e áreas da governação. Como se alguém acreditasse que através de um aumento da capacidade legislativa, tal determinasse, por si só, uma correspondente melhoria do bem-estar do povo. E o dinheirinho, pá!
Segunda:
Ouvi o Dr. Fernando Nobre assumir: "Em Maio (...) tornarei pública a decisão que, repito, já tomei. Ela exclui, em definitivo (...) a aceitação de qualquer cargo de nomeação político-partidária".
Ora, aquela que parecia constituir uma reserva de cidadania e de independência, acaba por soçobrar aos apetites de uma vida política. Tinha, por ele, pelo seu passado de grande humanista, uma especial consideração. Vejo-o, agora, confrontado com uma espécie de truque partidário. Não lhe ficou bem esta decisão, sobretudo pelo que disse e por essa reserva que poderia constituir o seu nome. A independência que apregoa é uma treta. Uma pessoa tem convicções ou não as tem. Eu, hoje, não sei quais são as convicções do Dr. Fernando Nobre, já que esteve próximo do Bloco de Esquerda, do Partido Socialista e agora aparece no PSD. Há qualquer coisa aqui que não bate certo e que é difícil explicar.
Independentemente da política e das suas opções que só a ele diz respeito, quero continuar a vê-lo como o médico da AMI, o Doutorado, o Homem que tem ido pelo Mundo fora em assistência humanitária. Seria preferível que por aí continuasse numa atitude de CIDADANIA. Mas a vida é o que é!
Ilustração: Google Imagens.
3 comentários:
Caro amigo
Este homem só não me desiludiu porque nunca tive ilusões a seu respeito.
A política é uma droga dura e sem retorno...
Meu caro André.
Como parece que conhece as minhas intenções, verifico que não me enganei quando dizia que nenhum dos candidatos tinham perfil para ( Pr. da República ) . Não me enganei, e aqui está o resultado.
Até chego a duvidar se este senhor, ao designar-se de altruista não se aproveitou quando esteve na AMI.
Muita parra, pouca uva. Os meus 70 são suficientes para reconhecer quem merece a minha confiança.
Um abraço de amizade. João
Obrigado pelo seu comentário.
Concordo.
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