Adsense

quinta-feira, 13 de maio de 2010

VISITA DO PAPA BENTO XVI

"As iniciativas que visam tutelar os valores essenciais e primários da vida, desde a sua concepção, e da família, fundada sobre o matrimónio indissolúvel de um homem com uma mulher, ajudam a responder a alguns dos mais insidiosos e perigosos desafios que hoje se colocam ao bem comum”, defendeu o Santo Padre, numa breve referência a dois dos mais polémicos temas sociais, o aborto e o casamento homossexual.
A declaração de Bento XVI surge numa altura em que o Presidente da República português está ainda a analisar o diploma que autoriza legalmente o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, admitiu no dia da chegada de Bento XVI a Portugal que o Papa poderá vir a referir-se aos temas da despenalização da interrupção voluntária da gravidez e do casamento entre pessoas do mesmo sexo durante a sua visita. Federico Lombardi sublinhou que as posições do Papa sobre "o tema do aborto e da família são conhecidas" e que "o Papa frequentemente as apresenta”. "Quem deve tirar as conclusões, deve tirá-las segundo as suas responsabilidades", disse na altura.
Respeito a posição da Igreja, mas não é essa a minha opinião, pelo menos em vários aspectos.
in Jornal PÚBLICO. Posted by Picasa

2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro amigo

Embora também respeite as opiniões da Igreja Católica no que concerne ao casamento, duvido da honestidade dos argumentos que suportam a sua postura. Porque ao longo de séculos, se tem regido por uma moral demasiado obcecada pelo “baixo ventre”. Diabolizando a sexualidade, impondo-lhe regras apertadas, faz com que toda a humanidade acabe fatalmente por pecar. O que obriga os fiéis a recorrerem com maior frequência aos seus “serviços” para salvar a alma. Nesses termos, não será de esperar que o Vaticano aprove grandes alterações nessa matéria. Caso contrário, a galinha dos ovos de ouro estaria em risco de se finar…
Por outro lado, respeitando também as opiniões dos que se bateram pela nova lei do casamento — as uniões de pessoas do mesmo sexo não me incomodam nada —, parece-me que se correm alguns perigos. Temo que se esteja a abrir uma caixa de Pandora, como se costuma dizer. Por exemplo, se duas pessoas do mesmo sexo, adultas e de livre vontade podem oficializar pelo casamento a sua sexualidade, porque não mais? Porque não dois homens e uma mulher? Ou outras combinações?
Penso que se avançou demasiado depressa sem que se cuidasse primeiro de definir o que é que se entende por casamento, quais as suas finalidades, etc. É que dantes, não havia grandes dúvidas, mas agora confesso que já não faço grande ideia do que seja

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário e reflexão assumida. É por tudo quanto escreveu que eu assumi que respeito a posição da Igreja, embora, em determinados domínios, a minha opinião seja outra. Confesso que preciso de algum tempo para conjugar todas as variáveis deste processo, coisa que ainda não fiz. Mas, sempre adianto, que gostaria de ver uma Igreja diferente, mais disponível, menos fechada sobre si mesma.
Isto tem muito que se lhe diga, eu sei.