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sábado, 29 de maio de 2010

EDUCAÇÃO EM TOTAL DESNORTE


Acompanho, politicamente, a situação educativa regional e não tenho qualquer dúvida em afirmar que, se há um responsável pelo atraso de cinco anos de não progressão na carreira, tal se deve à inoperância e incompetência do governo, à ausência de negociação séria com os parceiros sociais e com os grupos parlamentares na Assembleia Legislativa. Aí é que reside o problema, não nos sindicatos!

Solidarizo-me com a luta dos professores, aliás, no seguimento de múltiplas posições que tenho vindo a assumir na Assembleia Legislativa da Madeira. E ao mesmo tempo que assumo esta posição, condeno a atitude do Secretário Regional da Educação quando remete para os sindicatos a responsabilidade pelos “obstáculos que foram colocados à promulgação dos diplomas”. Esta é uma declaração inacreditável pois só demonstra a incapacidade jurídica da própria Secretaria.
Acompanho, politicamente, a situação educativa regional e não tenho qualquer dúvida em afirmar que, se há um responsável pelo atraso de cinco anos de não progressão na carreira, tal se deve à inoperância e incompetência do governo, à ausência de negociação séria com os parceiros sociais e com os grupos parlamentares e partidos na Assembleia Legislativa. Aí é que reside o problema. E isso fica claro, por exemplo, no processo de avaliação de desempenho dos docentes, onde uma equipa de dezasseis pessoas, nomeadas pela Secretaria Regional de Educação, há cerca de quinze meses, ainda não produziu resultados; na negação de uma petição, assinada por 4000 professores, solicitando a contagem do tempo de serviço congelado, na abolição da iníqua prova pública de acesso ao 6º escalão, enfim, em tantas e tantas as situações que me leva a dizer que se há um culpado pela situação a que se chegou, esse é o Secretário Regional da Educação e toda a equipa que o acompanha.
Lamento que o PSD, depois de vários anos de letargia, de orelhas moucas perante várias propostas apresentadas na Assembleia, viesse, ontem, a poucas horas de uma concentração de professores, apresentar eventuais alterações ao Estatuto da Carreira Docente, cujo texto ninguém conhece, apenas numa clara tentativa de desmobilização dos docentes que acabaram por se juntar para dizerem basta a uma Secretaria em completo desnorte. Não brinquem com os professores. São ridículas as actuações nesse sentido que em nada ajudam a resolver os problemas.
Fotos: Sítio da Internet do SPM.

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