Na mesma semana que uma representação da Madeira, composta por 119 elementos, se desloca aos Açores para participar nos Jogos das Ilhas (€ 30.000,00 ?), um casal pobre pede a ajuda pública para um tratamento, em Cuba, para a filha nascida com "hidrocefalia" (€ 11.000,00). Enquanto isto, da festa do limão passaram para a festa da cebola... do azedo para as lágrimas!
Três notas neste Domingo.
Três notas neste Domingo.
1ª Desemprego.
Mas que raio de gente esta que mente de forma descarada! Será que podem dormir descansados com a mentira? Será que não conseguem (ora se conseguem!) fazer uma simples continha de divisão do número de desempregados pela população activa? É que entra no domínio do ridículo político, o governante Dr. Brazão de Castro assumir que a taxa de desemprego são seis ponto qualquer coisa. Para quê mentir, endossando a leitura dos números para o Instituto Nacional de Estatística, quando os números do desemprego crescem, assustadoramente, e a taxa não descola, isto é, mantém-se ou regride? Mas, afinal, tentam enganar quem?
Feliz ficava se a taxa se aproximasse do pleno emprego ou, no mínimo, baixasse para valores que exprimissem que, apesar da crise, trilhávamos um caminho duro mas consistente. Só que essa não é a realidade e toda a gente sabe disso. O próprio presidente do governo sabe que a Região Autónoma da Madeira está com a corda no pescoço, nos domínios económico, financeiro, social e cultural. Já vai dizendo, como que sacudindo a água do capote, que quem vier a liderar o processo governativo não precisará de muitos recursos financeiros, porquanto as grandes infra-estruturas estão concluídas. Isto é, conclui-se, a minha parte está feita, a parte da política de empreiteiro.
Não fala e foge ao discurso da verdade, que temos pela frente e durante muitos anos, um penoso caminho de pagamento das monumentais dívidas, às quais acrescem os encargos com as obras de manutenção, para além dos custos de uma sociedade que não está, porque não foi, preparada para responder, eficazmente, no sector empresarial, com inovação, criatividade e risco, aspectos determinantes na criação de emprego. Simplesmente, porque o sistema educativo falhou e a política económica, entre outras, assentou em pressupostos errados e condicionadores do futuro. E, perante isto, o "chefe" lava as suas mãos, mostrando-se incapaz, repito, de falar a verdade e de inverter a sua velha orientação política, gasta, remendada e desconjuntada.
Mas, regressando ao problema do desemprego, há aqui um aspecto que deve ser, urgentemente, clarificado: que números é que a Direcção Regional de Estatística da Madeira remete para o Instituto Nacional de Estatística? Está aqui o busílis da questão. E isto deve ser esclarecido com toda a verdade. Não deixa de ser estranho o facto do Director Regional de Estatística não ter correspondido a um pedido de reunião solicitada pelo grupo parlamentar do PS. Há aqui gato escondido com o rabo de fora, que a seu tempo será descoberto. A mentira tem perna curta.
2ª Futebol.
Ininteligível e anacrónica essa história da cedência do estádio do Nacional, por impossibilidade das obras que decorrem nos Barreiros, para a realização de um jogo europeu onde o Marítimo está envolvido. Para já devia existir apenas um estádio para os dois clubes. Depois, ambos foram construídos com dinheiro de todos os madeirenses e porto-santenses. E no meio desta discussão, ridiculamente, o presidente do governo fala de uma hipotética "requisição civil", enquanto oo secretário regional da educação e do desporto reúne com os representantes de ambos os clubes para resolver uma "questão" de lana-caprina. Deveria era o secretário comparecer e responder aos deputados na Assembleia Legislativa, que há muito questionam sobre tantos e diversos problemas que atravessam o sistema educativo, a cultura e o desporto, os quais estão e vão continuar a condicionar o futuro colectivo. Já não há paciência!
3ª O Sistema Regional de Saúde.
3ª O Sistema Regional de Saúde.
Na mesma semana que uma representação da Madeira, composta por 119 elementos, se desloca aos Açores para participar nos Jogos das Ilhas (€ 30.000,00 ?), um casal pede a ajuda pública para um tratamento, em Cuba, para a filha nascida com "hidrocefalia" (€ 11.000,00), ao mesmo tempo que o Secretário dos Assuntos Sociais veio falar de cortes orçamentais e sem uma palavra para o drama daquela família.
Uma prova evidente que este governo regional não tem sentido das prioridades, mostra-se desumano e apenas apostado no acessório descurando as prioridades.
Enquanto isto, da festa do limão passaram para a festa da cebola... do azedo para as lágrimas! Nada que a poncha não resolva.
Ilustração: Google Imagens.
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