Há, portanto, uma necessidade de gerar uma cruzada pela inovação e pela criatividade. Blanton Godfrey, que esteve em Portugal a convite da Egor Sistemas de Qualidade, deixou a mensagem:
(...) “as organizações exemplares são tão inovadoras e criativas como empenhadas na qualidade. Qualquer organização para ter sucesso precisa destas três componentes: criatividade, inovação e qualidade”.
Simplesmente porque a criatividade gera ideias e, por isso, delas precisamos para melhorar a qualidade da oferta da Escola[1]. Em consequência, a inovação é necessária para transformar as ideias em produtos e serviços úteis, consumidos com agrado pela comunidade educativa.
Porém, paradoxalmente, o que tenho vindo a constatar é o vazio de ideias e uma atitude cómoda que tem conduzido ao cumprimento de um programa hermético, criado em gabinetes, distante da realidade social e cultural dos novos tempos. Um programa curricular eivado de rotinas e sem alma porque não é debatido na perspectiva de novos desenhos. Apenas cumpre-se o que está superiormente definido e poucos são aqueles que se preocupam em estimular as escolas, enquanto organizações, para um debate sério, profundo e gerador de novas ideias. Talvez porque existem barreiras à criatividade como diz James Adams[2]. Segundo este autor há barreiras à criatividade as quais, numa aproximação à Educação Física e ao Desporto, traduz-se em:
(...) “as organizações exemplares são tão inovadoras e criativas como empenhadas na qualidade. Qualquer organização para ter sucesso precisa destas três componentes: criatividade, inovação e qualidade”.
Simplesmente porque a criatividade gera ideias e, por isso, delas precisamos para melhorar a qualidade da oferta da Escola[1]. Em consequência, a inovação é necessária para transformar as ideias em produtos e serviços úteis, consumidos com agrado pela comunidade educativa.
Porém, paradoxalmente, o que tenho vindo a constatar é o vazio de ideias e uma atitude cómoda que tem conduzido ao cumprimento de um programa hermético, criado em gabinetes, distante da realidade social e cultural dos novos tempos. Um programa curricular eivado de rotinas e sem alma porque não é debatido na perspectiva de novos desenhos. Apenas cumpre-se o que está superiormente definido e poucos são aqueles que se preocupam em estimular as escolas, enquanto organizações, para um debate sério, profundo e gerador de novas ideias. Talvez porque existem barreiras à criatividade como diz James Adams[2]. Segundo este autor há barreiras à criatividade as quais, numa aproximação à Educação Física e ao Desporto, traduz-se em:
Barreiras de percepção: a dificuldade em isolar o problema. Isto é, podemos passar horas, neste caso, anos, sem ver o óbvio. Quando, finalmente, vemos a solução, não acreditamos que era tão fácil.
Barreiras culturais e ambientais. são os tabus onde se defende que a tradição é preferível à mudança. Pode-se aqui colocar a falta de cooperação e de confiança entre colegas.
Barreiras emocionais. Muitas vezes as pessoas não partilham as ideias com medo do ridículo. São barreiras que levam a ter medo de cometer erros.
Finalmente, as barreiras intelectuais e de expressão. Aquelas relacionadas com a incapacidade de escolher eficientemente as tácticas mentais. E isto conduz, inevitavelmente, à incapacidade de comunicação entre nós e os outros.
Estas são as barreiras da criatividade apontadas por James Adams e que, embora situadas num olhar sobre o sistema empresarial, denunciam de forma singular aquilo que, em minha opinião, se passa com a Educação Física e o Desporto.
[1] Uma melhor qualidade porque “(…) A Escola é vida com tempo para pensar a vida, lugar de muitos encontros e de muitos começos. Lugar para aprender a sentir o mundo num despertar de fomes novas que nenhum visível sacia. Lugar onde nos preocupamos, e ocupamos, com os outros. É com este lugar de aprendizagem, de humanismo e de cultura, que nos identificamos e a partir do qual faz sentido estabelecer plataformas de confiança e de compromisso com outros actores”. – Drª Isabel Baptista, Universidade Católica Portuguesa.
[2] Docente da Universidade de Standford. Autor do livro “Conceptual Blockbusting”.
[2] Docente da Universidade de Standford. Autor do livro “Conceptual Blockbusting”.
Continua.
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