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quarta-feira, 28 de maio de 2008

OPOSIÇÃO SOMA VITÓRIAS POLÍTICAS

A percepção que tenho é que o grupo parlamentar do PSD na Assembleia Legislativa da Madeira, para além de ser clara a existência de grupos que, silenciosamente, se degladiam, anda à nora com toda a oposição. Aliás as sucessivas alterações regimentais denunciam que, pela palavra, não conseguem se impor. Ainda hoje isso foi evidente, aquando do debate do projecto de proposta de alteração à Assembleia da República, sobre o Regime Jurídico Aplicável aos Bombeiros. Foi sensível a ausência de Deputados do PSD com responsabilidades nesta área, dando um sinal de não estarem para se comprometer. A defesa do projecto ficou nas mãos e na voz da Deputada SOS, Drª. Rafaela Fernandes. A argumentação foi de uma tal fragilidade conceptual, política e até autonómica, que permitiu que toda a oposição triturasse os argumentos aduzidos.
E antes tinha sido a questão relacionada com a liberalização do espaço aéreo. É evidente que o PSD pode engendrar argumentos vários todos conducentes à culpabilização do Governo da República mas, ao entrarem por aí, também ficou claro, se o texto do acordo não servia os interesses da Madeira, que razões levaram o Governo Regional a assiná-lo? Outra derrota na argumentação.
A história do relógio que o Deputado José Manuel Coelho (PND) ostenta está a ser muito mal conduzida. Não faz sentido qualquer tipo de menção à Lei até porque não é naquele contexto que ela é aplicável. Mas essa preocupação excessiva pelo relógio do Deputado denuncia, também, o desconforto que paira na maioria política.
Quem, como eu, está no terceiro anel do hemiciclo, beneficia da panorâmica da sala, pode ver e analisar os comportamentos, os olhares e os desconfortos. E o sinal que dali emerge é o de um grupo mal consigo próprio. Fazem, na verdade, um esforço por defender posições indefensáveis, mas bastas vezes fazem-me lembrar aquele padre que, frequentemente, dizia: "em verdade vos digo que não acredito no que digo".

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