Já não há qualquer vergonha, um pingo de sensatez, isto é, tudo é feito de forma ofensiva e descarada.
Agora, tudo começa a ficar mais claro, mas não ainda o suficiente. Falta pouco para juntar todas as peças do puzzle. Da minha parte, em função da transparência, garanto que este assunto não vai ficar por aqui. A indicação das cinco figuras para uma espécie de "comissão de aconselhamento" da RTP-Madeira, (aconselhamento da voz do poder, certamente) referidas na edição de hoje do DN, constitui a mais descarada forma de controlo do serviço público de rádio e televisão. Nunca, até hoje, tinha assistido a tamanha ausência de decoro e de falta de transparência. É meu sentimento que existe, pelas piores razões, um trabalho "notável" de bastidores para fazer sentir aos olhos da população que tudo está a ser feito com irrepreensível distanciamento político, quando, na verdade, o que resulta da constatação prática é precisamente o contrário. Já não há qualquer vergonha, um pingo de sensatez, isto é, tudo é feito de forma ofensiva e descarada. Já não basta possuir o controlo do Jornal da Madeira que custa quatro milhões anuais dos nossos impostos, já não basta o controlo sobre as rádios locais, já não basta o garrote às empresas de comunicação social independentes, agora, há uma manobra em construção para o controlo total do serviço público de rádio e de televisão. O objectivo é claro: eleições regionais de 2011. Associado à desgraça de 20 de Fevereiro, os milhões vão dar lugar a muitas inaugurações e, com os órgãos de comunicação social domesticados, tudo se tornará mais fácil. Esta engrenagem é sensível e, repito, da minha parte, será combatida em nome da transparência e da liberdade, porque nem eu, nem o partido a que pertenço, na Madeira, somos palhaços!
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