Adsense

quarta-feira, 14 de abril de 2010

E NA MADEIRA, COMO É?


Despartidarização, Desestatização e Desgovernamentalização. Esta política dos três "D" chegará à Madeira?

O presidente eleito do PSD, Dr. Passos Coelho, no seu discurso final do último Congresso, falou de despartidarização, desestatização de desgovernamentalização. Não quero ir ao fundo do significado destas três palavras no que concerne à sua carga ideológica. Nesse aspecto, muito haveria a escrever e especular do ponto de vista político. Porque essas três palavras não são neutras e, portanto, cada uma delas arrasta um significado que, tarde ou cedo, merecerá uma reflexão mais aturada. O que hoje quero salientar é o facto do Dr. Passos Coelho parecer apostado em uma completa rotura com o presidente do governo regional da Madeira. Se, ainda esta semana, colocou em destaque, na SIC, que a situação do Jornal da Madeira deve ser revista, aqueles três princípios enunciados no congresso, são pronunciadores de muito conflito entre o protagonista regional e o nacional. O que se passa na Região Autónoma da Madeira encaixa como uma luva naqueles três princípios: a partidarização da esmagadora maioria das instituições públicas e privadas e a governamentalização dessas mesmas instituições públicas e privadas, pela estratégica colocação ou nomeação de pessoas acrescida da atribuição de subsídios condicionadores da sua própria liberdade. Acresce, ainda, a terceira palavra, que, por aqui,se confunde com a governamentalização. É muito ténue a linha que separa os dois conceitos no plano político. Há um evidente sentido de controlo de tudo e de todos, nada saudável para o exercício pleno da democracia e com o regular funcionamento das instituições. Portanto, serão interessantes os próximos tempos, por um lado, ao nível do País, para melhor se perceber o que pretende o líder do PSD nacional com os seus posicionamentos claramente liberais, por outro, a relação entre os dois líderes se partirmos do pressuposto que não existem partidos regionais.

Sem comentários: