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terça-feira, 5 de maio de 2009

CHÃO DA RIBEIRA

Desde há muito que este governo regional demonstra uma tendência para a destruição. Ou, melhor dizendo, para a não preservação do património natural e do construído. Os recentes exemplos disso dão conta, concretamente, a pavorosa e inexplicável construção na designada "Quinta do Lorde", no Caniçal e, agora, com o plano para o Chão da Ribeira, na freguesia do Seixal.
Concordo com a recuperação e transformação dos chamados "palheiros"; discordo que se edifiquem pseudo-palheiros e que para ali se traga uma carga habitacional e hoteleira cujo espaço deveria constituir uma espécie de santuário da natureza, humanizada, obviamente que sim.
A propósito, há uns anos, passei uns dias em Corvara, nos Alpes italianos. Uma povoação lindíssima. No hotel, indaguei, com tanto espaço, tanta beleza e tanta necessidade de turismo, que razões levavam a ter tão pouca habitação e hotelaria. A resposta veio célere: "está proibida a construção, para preservar o que de bom temos".
A foto é, precisamente, de Corvara, a partir de um teleférico.

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