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terça-feira, 12 de maio de 2009

MAIS CEM PARA O DESEMPREGO

Breves palavras de grande solidariedade para aqueles cem trabalhadores que deixaram o Hotel Savoy. É muito difícil colocar-se na pele do desempregado, pelos dramas familiares que isso acarreta. Num tempo muito complexo, de encerramento de empresas, de milhares à procura de um lugar onde possam ganhar a vida, este despedimento colectivo traz, obviamente, a marca da pobreza no seio de muitas famílias. Os magros vencimentos, até esses deixam de constituir uma receita mensal certa face aos encargos familiares.
Dir-se-á, penso eu, que estarão acautelados os direitos no quadro da segurança social, que irão receber as indemnizações constantes na lei e que, alguns conseguirão, pela sua competência profissional, um novo enquadramento laboral. Mas, por agora, a dúvida, a incerteza quanto ao futuro deve pairar naquela centena de trabalhadores cuja vida profissional circunscreve-se a um saco de plástico e até sempre. Vive-se um mundo impiedoso em que o dinheiro e a ambição de alguns mata, lenta, mas seguramente uma população inteira.

3 comentários:

Anónimo disse...

Absolutamente de acordo consigo, senhor Professor.
E esses alguns, normalmente jogam sempre golfe e fumam charutos.

herberto duarte pereira disse...

Boa tarde!. Desconhecendo quer em conteúdo, quer noutras máterias todo o processo, relativamente a direitos das pessoas agora desempregadas, permita-me o seguinte contributo. Em Portugal, continuamos a colocar na rua desta forma, como se viu com um saco de plástico, depois de anteriormente o senhor comendador berardo ter garantido que ninguem ficaria sem trabalho. Mas mesmo que esta situação infelizmente seja uma realidade para as pessoas, e também não imagino o que é sofrer como aquelas pessoas estão, a minha solidariedade por isso, simples mas sincera, o que mais me custa verificar a falta de preparação de toda umas estrutura na forma como se trata 'estas coisas' permitam-me o termo de colocar pessoas sem trabalho. Não tenho dúvidas de que todas aquelas pessoas e respectivas familias para além do que referimos acima, estão protegidas pelos apois sociais previsto na Lei, todas estes seres humanos, repito deveriam ser alvo de um acompanhamento ao nível psicológico de proximidade de modo a ajudar a atenuar a dor, e porque não numa altura de dificuldades, ajudar a encontrar soluções. Uma nota final: todos estão lembrados do avião que recentemente amarou em Nova York sem vitimas mortais, um 'milagre' que todos registamos. Niguem morreu, nem feridos. Sei e li, que apesar a alegria de estarem vivos por parte de todos os passageiros e tripulação, todos estão a ser seguidos por uma equipa médica onde se inclui psicologos e outros técnicos especializados. Poo estarem vivos depois de um 'milagre' também trouxe novos traumas e medos que são necessários ultrapassar. Ver e ler as imagens de dor dos agora ex empregados do Savoy lembrou-me do quanto estas pessoas podem e devem ser ajudadas a vários e muitos niveis.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Concordo em absoluto, porque nós que temos trabalho muito dificilmente temos a percepção do que, de um momento para o outro, ver-se desprovido do salário. Arrepia-me essa situação.