Ainda ontem, em artigo de opinião no DN, escrevi sobre a frágil qualidade da nossa Democracia. E não é que precisamente ontem, o Senhor Secretário dos Assuntos Sociais ofereceu um exemplo de prepotência no exercício do seu cargo?

Do meu ponto de vista, ao Secretário apenas lhe competia ouvir e, na oportunidade, enquadrar o problema segundo a sua óptica. Não querer escutar e, deselegantemente, colocar-se porta fora, constitui uma atitude que diz bem da qualidade da democracia desta nossa Região. Parece que nos querem obrigar a pensar de maneira uniforme, padronizada, onde o que eventualmente está menos bem, tem de ser gerido de chapéu na mão, curvado e no segredo dos gabinetes ditos oficiais! Para fora, a imagem a transmitir tem de ser a de uma pressuposta unidade no pensamento. Dir-se-á que só uns podem "vender o peixe" como querem e entendem. Aos outros exige-se muito cuidado com a língua.
Não é este o conceito de Democracia que defendo. No caso em apreço, o Senhor Secretário tinha de saber ouvir e interpretar os sinais, por mais directas que tivessem sido as palavras e por mais complexos e incómodos os temas abordados. É assim que impõe a vida, a vivência e a convivência democráticas.
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