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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

25 DE NOVEMBRO... PASSEM BEM. TENHO OUTRAS COISAS PARA FAZER

Hoje, 25 de Novembro, vou dedicar o meu dia de trabalho a ler e reflectir sobre temas do sector educativo que muito me preocupam. Tenho uma série assuntos que preciso de analisar e comparar com outros modelos. Não estarei no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira onde, segundo a agenda, alguns vão "comemorar" a data de 25 de Novembro. Façam os discursos que entenderem que, eu, deles me manterei distante. Ouvirei as sínteses pela comunicação social e apenas para manter-me informado. De resto, passem bem. No plano político, tenho outras coisas para fazer bem mais importantes.
É a minha posição, de resto a de todo o grupo parlamentar a que pertenço. Justifica-se a ausência. Em uma Região, cuja maioria na Assembleia chumba a comemoração do 25 de Abril de 1974, não merece outra coisa senão uma ausência no 25 de Novembro. E não colhe essa esfarrapada história de dizer que o 25 de Abril, constituindo uma data histórica de Portugal deve ser comemorada, apenas, na Assembleia da República. E não colhe por dois motivos: primeiro, porque devemos a AUTONOMIA e a criação de órgãos de governo próprio ao 25 de Abril; segundo, no plano democrático, ambas as datas, por motivos políticos distintos, são legítimas e pretexto para uma comemoração em qualquer um dos parlamentos se assim os parlamentares entenderem. Não se pode é ignorar o facto primeiro e esse é, indiscutivelmente, o movimento que travou 48 anos de ditadura, que teve gravosas implicações entre nós madeirenses e porto-santenses. Esse é o elemento primeiro da História que deveria, todos os anos, ser lembrado, não com repetidos discursos de circunstância, mas com a palavra actualizada, sensibilizadora e sobretudo educativa, para que jamais regresse essa longa obscuridão que nos tornou um dos mais atrasados países da Europa. Ainda estamos a pagar essa pesada factura, enquanto uns, que cresceram à custa de Abril, renegam-no e tudo fazem por não transmitir às gerações em formação os princípios e os valores que daquela data emanam.
Não gosto de brincar à democracia, tampouco, servir de boneco de uma maioria que tenta impor, como quer e entende, os comportamentos aos outros. Comigo, não. Ou há seriedade, coerência e respeito ou, então, tenho mais que fazer.

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