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terça-feira, 27 de abril de 2010

INDESCULPÁVEL E INTOLERÁVEL


A agenda e o respectivo alinhamento pertence aos jornalistas e aos respectivos departamentos de informação, isto é, não devem ser elaborados de fora para dentro, por pressões venham elas de onde vierem. Assim, NÃO. Dá muito nas vistas e é claramente desonesto.


Respeito os critérios editoriais. Respeito os responsáveis pelos alinhamentos dos serviços noticiosos. Não tenho presente se, alguma vez, escrevi, directamente, sobre uma matéria que coloca em causa a independência, o rigor e a transparência de um serviço de notícias. Mas, hoje, foi indesculpável e intolerável. Escrevo porque é demais. Já não há paciência. Alguém está a brincar com o esforço, a honestidade, e com o trabalho, politicamente sério e honesto de um partido que, no quadro regional constiutui a alternativa de poder. Aquilo que acompanhei na RTP, repito, é indesculpável e intolerável. Assim, não. Aquilo a que assisti constitui a demonstração claríssima de um serviço público controlado e, obviamente, ao serviço dos interesses do governo regional.
Hoje, o grupo parlamentar do PS, apresentou, em conferência de imprensa, (ver aqui) uma comparação sobre o preço dos combustíveis na Madeira relativamente aos preços praticados na Região Autónoma dos Açores. A RTP-M editou uns breves segundos que desprestigiam, completamente, o Centro Regional e colocam em causa a sua independência. Não se percebeu nada. É lamentável que uma questão fulcral, da maior importância para a Madeira, porque toca em todos os madeirenses e portosantenses, seja tratada como foi. Lastimável. A máscara está a cair. Não vou ficar calado, porque, enquanto cidadão, exijo um serviço público completamente distante do poder regional, isento, respeitado e respeitador. A agenda e o respectivo alinhamento pertence aos jornalistas e aos respectivos departamentos de informação, isto é, não devem ser elaborados de fora para dentro, por pressões venham elas de onde vierem. Assim, NÃO. Dá muito nas vistas e é claramente desonesto. Gostaria de saber o que pensa essa "Comissão de Aconselhamento" da RTP. Terá aconselhado? E por aqui fico. Para já.
Nota:
A gasolina 98 custa, na Madeira, mais 16% que nos Açores.
O Gasóleo agrícola, mais 13%;
Uma garrafa de gás custa mais 55%:
Ilustração: Google Imagens.

3 comentários:

Anónimo disse...

Senhor deputado e ainda aqui vamos,mas lembro a Vexa que foi o seu partido que deixou que aquilo ficasse assim. Tratou de nomear o anterior director para satifazer a ala queque do seu partido e os senhores do povo que se aguentem.
Saiba quem está á frente da informação e já fica elucidado.

João Areias disse...

Os Açores têm os combustíveis mais baratos pois os impostos lá cobrados distinguem-se do resto do País (PS-Continente e PSD-Madeira).
E podem fazer isso (até quando?) pois a LFR os compensava para o efeito. O que não acontece (a LFR do PS tratou disso) na Madeira.
Ou seja, os contribuintes do resto do País subsidiavam, via LFR, os combustíveis nos Açores, que, assim eram mais baratos.
A sua conferência de imprensa será sempre demagoga enquanto deixa de parte o Continente do Governo Socialista.
E a demagogia viria logo ao de cima, pois todos verificariam que quem está desfazado são ... os Açores.
O momento é de saber se se aumenta impostos. Não de pedir que estes baixem...
Infelizmente.
Se o País está como está, a culpa não é dos especuladores internacionais. É nossa, que nos pusemos "a jeito"...
E a nossa culpa (nossa, do nosso Governo) fundamenta-se nas medidas eleitoraleiras de 2009. A crise? É só poeira nos nossos olhos. Pelo menos numa grande parte.

André Escórcio disse...

Obrigado pelos vossos comentários.
Relativamente ao segundo comentário, não estou de acordo consigo. A questão dos combustíveis não pode ser analisada de uma forma isolada. Tem de ser vista de uma forma mais global, tem de ser integrada em uma política de crescimento e de desenvolvimento, na qual se destaca, obviamente, a política de impostos. Não tem nada a ver com a LFR. Mas isso levar-me-ia a tecer muitas considerações, pelo que, um dia destes, regressarei com um ponto de vista mais sustentado.