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domingo, 6 de abril de 2008

CLUBE ÚNICO: NÃO

Como quem tenta sacudir a água do capote, porque neste processo da subsidiodependência do movimento associativo há um responsável, o Presidente do Governo Regional disse que a questão do clube único será resolvida pelas futuras gerações. E falou de um referendo. Por mim, o referendo pode ser já amanhã. O resultado, estou convicto que lhe será substancialmente desfavorável.
Sobre este assunto tenho uma posição muito clara. E não é pelo facto de ser sócio do Marítimo há 58 anos. Não tenho nem sinto qualquer rivalidade doentia por outros adversários. Apenas por uma questão de respeito pela identidade de todos os clubes e respectivo percurso histórico, se a questão se prende com o financiamento, o futebol profissional deve deixar de ser apoiado pelo erário público. Que se estabeleça uma fase de transição de três ou quatro anos e, depois, cada um que caminhe pelos seus meios. Quem tiver unhas que toque a guitarra. A Madeira, Região pobre, dependente e endividada tem outras prioridades sociais que, necessariamente, estão primeiro que o futebol.
Aliás, oxalá que o novo regime jurídico das federações, decorrente da Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, venha a definir a impossibilidade do associativismo, com futebol profissional, participar nas ligas profissionais beneficiando de subvenções públicas. Ao contrário de constituir uma "ameaça" à Madeira e um revés à política deste governo, do meu ponto de vista deve constituir uma oportunidade para o governo sair desta ruinosa situação. Apenas se exige um tempo de transição.
Mas há muito que diga sobre esta matéria. Há estudos universitários que devem ser tidos em conta, pelo que, tarde ou cedo, voltarei a esta matéria. Por outro lado, o novo regime jurídico das federações está em discussão e merece ser acompanhado.

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