A propósito da visita à Região do Senhor Presidente da República e da não realização de uma sessão na Assembleia Legislativa da Madeira, o entendimento do Senhor Presidente do Governo Regional é que ainda bem que tal não acontece: por um lado, porque tem "vergonha" do que lá muitas vezes se passa; por outro, uma sessão, eventualmente poderia constituir-se num mau cartaz turístico para a Madeira. A ideia transmitida foi esta. Então, vamos por partes.
Afinal, que razões subjazem às atitudes muitas vezes sem qualidade vividas na ALM?. Quem, maioritariamente, discursa atingindo não as políticas mas as pessoas? Quem, sistematicamente, ofende com palavras grosseiras? É preciso não ter memória curta e não atirar poeira para os olhos do povo. Todos os Deputados respeitadores das regras do debate político (e há muitos no Parlamento) têm presente algumas passagens discursivas ao longo dos tempos. Portanto, ou o Senhor Presidente do Governo está, objectivamente, a referir-se a ele próprio e a alguns seus "companheiros" de partido, ou, então, tem receio da caracterização das políticas regionais, globais e sectorias, feitas, ali, na cara do Senhor Presidente da República. Não é que viesse a adiantar muito, até porque, se olharmos para o programa da visita, é sensível que a Madeira Problemática estará distante dos seus olhos. Mas, passar uma hora e meia a ouvir o outro lado das coisas, seria politicamente doloroso. Portanto, a questão é outra. Nem é por razões turísticas. Os que por cá passam uns dias, maioritariamente, não falam português e têm mais que fazer que dar atenção à política regional. Ou não será assim? Imperdoável, digo eu, enquanto cidadão e político, é a ALM abrir as portas para um jantar sem que antes o debate político tenha lugar. Não aceito mas compreendo as razões. É esse "bando de loucos" que vai estar no jantar. Cuidado.
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