Acabo de ler um livro sobre a Escola da Ponte (uma referência nacional de como educar, embora vista de forma enviesada pelo Ministério da Educação), subordinado ao tema Defender a Escola Pública. Trata-se de uma colectânea de textos. Aqui fica uma parte de um (pág. 116), escrito pelo Professor José Pacheco, para reflexão dos pensam a Educação:
"O nosso projecto não é de um professor, é de uma escola, pois só poderemos falar de projecto quando todos os envolvidos forem efectivamente participantes, quando todos se conhecerem entre si e se reconhecerem em objectivos comuns. Há vinte e cinco anos, escrevemos no nosso projecto educativo que os professores estão mais precisados de interrogações que de certezas. Porque não nos deixamos deslumbrar pelas soluções encontradas, mantemos despertas muitas dessas interrogações. Será possível conciliar a ideia de uma educação para a (e na) cidadania com o trabalho do professor isolado física e psicologicamente na sua sala de aula, sujeito a uma racionalidade que preside à manutenção de um tipo de organização da escola que limita ou impede o desenvolvimento de culturas de cooperação? Quando nos confrontamos com o insucesso dos nossos alunos, não será preciso ultrapassar a atribuição de culpas ao sistema, não será também necessário interpelar arquétipos que enformam a cultura pessoal e profissional dos professores?
Do meu ponto de vista, apenas uma palavra: obviamente!
Sem comentários:
Enviar um comentário