O ex-capitão da Força Aérea (1974) Francisco Faria Paulino, personagem que viveu intensamente a "Revolução dos Cravos", escreve, hoje, um oportuno artigo de opinião do qual transcrevo as seguintes passagens:
"(...) Feita a descolonização, o que está em causa não é só a democracia, nem o desenvolvimento.Trata-se do próprio futuro do Homem e com ele, entender este tipo de desenvolvimento que se insiste em manter como se fosse eterno e, por arrastamento, esta democracia que se começa a questionar, por não resolver os problemas actuais (...) falar do 25 de Abril que já tanta gente tem dificuldade em perceber, deve transformar-se em preparar os amanhãs, que temo, sejam de poucas cantorias (...) em vez de insaciáveis, nos empanturrarmos de excessos, com o consumo de coisas inúteis e exigindo muito e cada vez mais, seria importante estar atento ao mundo em que vivemos (...) para alterar este estado de coisas que nos aproxima de um abismo de que já começamos a ver as bermas e que teimamos em ignorar, bastava apenas abrir bem olhos e a consciência. Será conveniente que o façamos, se quisermos evitar um diferente 25 de Abril num futuro que se adivinha e que, provavelmente, não será já feito por militares cansados de guerras inúteis mas por hordas de desamparados de tudo, que nada terão a perder".
Pensei escrever um texto sobre esta importante data que muitos teimam em não percebê-la. Para quê? Em síntese, Francisco Faria Paulino fez a resanha das preocupações. Hoje, o 25 de Abril e a mensagem global que dele decorre impõe-se-nos um posicionamento e sentimento prospectivos que implica, necessariamente, trazermos o futuro ao presente para que o possamos desenhar em benefício do POVO e não apenas de alguns membros do povo que somos. Na Europa, no País e, particularmente, na Região a que pertencemos.
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