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sábado, 19 de abril de 2008

9º CONGRESSO DOS PROFESSORES: EXCELENTE!

É absolutamente lamentável a ausência dos responsáveis pelo sector educativo na Região Autónoma da Madeira, já não digo ao longo de todo o Congresso mas, no mínimo, em alguns momentos absolutamente essenciais para quem tem responsabilidades governativas. Intervenções como as do Dr. Almirindo Janela Afonso, do Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, do Dr. José Calçada, Presidente do Sindicato dos Inspectores de Educação e Ensino e, ainda, do Doutor Santana Castilho, Professor Coordenador da Escola Superior de Educação de Santarém, forçosamente teriam de ter a presença daqueles que lideram o processo educativo na Madeira e mais, de todos os Conselhos Executivos, Inspectores, Delegados Escolares e outros que desempenham funções de relevo no Sistema Educativo. Deveriam ter descido do pedestal e ouvir o brilhantismo das intervenções que a todos os seiscentos e tal delegados e convidados fez reflectir. Ninguém está adequadamente habilitado para gerir e administrar o sistema quando se refugia, quando não estuda, não ouve ou não quer escutar o outro lado das políticas, sobretudo, neste caso, quando o tema central do Congresso foi a "Educação e Cidadania em Tempo de Globalização". A ausência tem um significado e esse é o da acéfala repetição maquinal das atitudes dos decisores políticos que apenas poderá conduzir aos mesmos resultados que o sistema apresenta.
Entre outras áreas que foram exaustivamente analisadas pelos oradores, destaco a problemática da avaliação do desempenho docente. E porque este processo está em fase de regulamentação, aqui deixo uma passagem discursiva do Professor Santana Castilho, que cito através de alguns apontamentos que recolhi: (...) uma coisa é avaliação do desempenho; outra, é a classificação do desempenho. A avaliação faz sentido para comparar e avaliar percursos e respectivos desvios; não deve servir para rotular ou punir pessoas (...) O que o sistema precisa é de uma cultura do desempenho onde o objectivo seja o Homem (...) O próprio sistema empresarial lucrativo há muito que abandonou a avaliação que querem trazer para o sistema educativo. O que eles buscam é a cultura do desempenho que tem, naturalmente, outros contornos mais vastos e consequentes (...) O sistema de avaliação que querem impor só pode trazer mais caos ao caótico sistema educativo.
Se lá fossem poderiam ter aprendido alguma coisa. Paciência!

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