A Deputada do PS na Assembleia da República escreve, hoje, um artigo de opinião no DN que vale a pena ler. A páginas tantas, destaca uma declaração de J. Delors (1996): "Nenhuma reforma em Educação se fez sem ou contra os professores". E, logo a seguir:
"(...) hostilizá-los ou ignorá-los não é próprio de uma Democracia adulta em que a co-responsabilização dos processos de decisão concertada é condição para a mudança. Porém não qualificaria a referida aproximação de vitória. Vitória mesmo, seria aceitar com humildade arrepiar caminho e discutir de peito aberto as grandes questões - fracturantes algumas - de política educativa: o horizonte de empobrecimento da esmagadora maioria dos professores com o novo ECD; as categorias e as quotas; a avaliação do desempenho docente; a gestão das escolas; a autonomia (a sério) da escola; o seu funcionamento em turno único; os planos curriculares; a luta pelo sucesso; a vivência escolar; a resposta social da escola; a sua articulação com a comunidade; a formação inicial e contínua dos professores; os concursos; a precariedade; etc.
Parabéns, Júlia Caré, pela coragem política de saber dizer NÃO. É precisamente isso que defendo. Frontalidade na política mas com irrebatíveis argumentos, sem a perda dos princípios e dos valores que nos animam. São aquelas as questões que devem estar sobre a mesa, lá e cá, e que devem ser discutidas com a alma e o conhecimento daqueles que conhecem o sistema e lutam por uma alternativa política.
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