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quinta-feira, 17 de abril de 2008

9º CONGRESSO DOS PROFESSORES

Penso que, aos poucos, os educadores e professores estão a tomar consciência que o Estatuto Regional da Carreira Docente da Madeira não corresponde aos interesses do sistema educativo, tampouco aos da classe. Trata-se, de facto, de um Estatuto que pouco difere do Estatuto do Ministério da Educação. Basta compará-lo com olhos de total isenção. As alterações introduzidas não convencem e, por algum motivo, naquilo que é essencial, os seus mentores fugiram ao diálogo e recusaram-se a aproveitar as sugestões do principal sindicato de professores da Região (SPM). Tanto assim é que, por duas vezes, o Estatuto foi aprovado, na Assembleia, apenas com os votos favoráveis do PSD. Só o PS-M apresentou, em sede de Comissão Especializada, 69 propostas de alteração; apenas 9 foram acolhidas e essas, mesmo assim, absolutamente marginais.
Portanto, não pode o Senhor Secretário Regional da Educação dizer que o modelo regional do ECD será sempre feito "com os professores e nunca contra eles". A história do processo, desde o seu início, prova o contrário e que entre o que discursivamente diz e a prática há uma considerável distância. Aliás, o facto do Sindicato de Professores da Madeira iniciar, amanhã, o seu 9º Congresso, subordinado ao tema "Educação e Cidadania em Tempo de Globalização", sem a presença dos convidados da hierarquia política madeirense, só tem o significado que a Secretaria Regional da Educação não quer saber do principal parceiro social para efeitos de implementação da política educativa. Será pelo Sindicato estar filiado na CGTP?
Há, de facto, pedra no sapato. Os professores que se acautelem.

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