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domingo, 21 de dezembro de 2008

580 FAMÍLIAS COM HIPOTECAS DA CASA EXECUTADAS

Uma nota neste Domingo cheio de Sol mas sombrio para muita gente:
Segundo o Dr. Lino Abreu, Deputado do CDS/PP e Presidente da Associação de Comércio e Serviços, desde o início do ano, somam já 580 famílias que viram executadas as hipotecas das suas casas através dos respectivos bancos. Muitos apartamentos estão já à venda no circuito comercial da especialidade. E sabe-se que existem outras largas centenas de casos em risco de seguirem o mesmo caminho.
E quando isto acontece, lamentavelmente, não se pressente, da parte do governo regional, a apresentação de soluções no sentido de minorar este grave dilema para as famílias. É como se nada estivesse a acontecer e fosse residual os dramas que uma significativa parte da população está a viver. Os governos valem pelos momentos de crise e não pelos momentos de abundância. É nas dificuldades que se consegue percepcionar o bom do mau governo. E os indicadores que todos os dias surgem, uma vez compaginados, reflectem, no caso da Madeira, que não estamos em presença de bom governo. Se o fosse não se remeteria ao silêncio, não assobiava para o lado, falava de "esperança" mas assumia políticas concretas de combate aos problemas. Isso não está a acontecer, pelo que o sentimento que tenho é que está a arder um perigoso rastilho que pode rebentar numa agitação social sem precedentes.
E a crise, sublinho, não é sentida, apenas, pela população com recursos situados da média para baixo. Está, também, na fatia social acima da considerada classe média. Ainda há dias cruzei-me com duas pessoas pelas quais tenho elevada estima e consideração. Um, com os olhos a brilhar, falou-me da pobreza que por aí vai facultando-me exemplos de pessoas que ninguém imagina os problemas que estão a enfrentar; outro, de uma profissão liberal, disse-me que não sabia como é que ainda ia ao supermercado! Estas situações doem e revoltam, ainda mais quando se vêm os governantes insensíveis, com um discurso velho e repetitivo e a jogarem para outros responsabilidades suas.

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