Adsense

sábado, 6 de dezembro de 2008

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOCENTE

Ministério e Sindicatos voltam, no dia 15, à mesa das negociações. Espero que em cima da mesa fiquem, de facto, todos os dossiês polémicos. Ao ponto a que isto chegou, perfeitamente evitável, só há um caminho a seguir: suspensão do modelo de avaliação e consequente revisão do Estatuto da Carreira Docente. Uma situação está ligada à outra. Para já, no mínimo é estranho que o Secretário de Estado Jorge Pedreira venha dizer que “(...) não haverá suspensão em circunstância alguma” considerando ser “um equívoco” a ideia de que da próxima reunião entre sindicatos e tutela poderia sair a suspensão da avaliação do desempenho dos professores. Respondendo a esta posição, Mário Nogueira, da Fenprof, foi claro: "se o Ministério da Educação quiser guerra, vai ter guerra, e a guerra dos professores é forte. O que exigirmos é seriedade e boa-fé".
Apesar destas posições, espero que exista humildade política suficiente para admitir que só através do diálogo e do bom senso entre as partes se poderá chegar a um entendimento. Se um qualquer "Valter" entender começar a disparar ou se alguém entender que o sistema educativo é uma "Pedreira", evidentemente que o caldo se entornará e entraremos numa escalada de divergências de péssimas repercussões para o ano escolar que, dentro de poucos dias, entrará no 2º período de aulas.
Aqui, na Madeira, o mesmo se passa. Andamos há meses a pregar a necessidade de uma revisão global do Estatuto da Carreira Docente Regional, única via para corrigir os erros cometidos por evidente falta de diálogo. Agora, é tempo do Governo subordinar-se à realidade, ouvir e debater sem trunfos escondidos nem desconfianças, tampouco ideias preconcebidas. Aguardemos. Da minha parte, com as responsabilidades que tenho neste sector, acompanharei todos os momentos com particular atenção.
Nota:
Sobre esta matéria e outras correlacionadas, sugiro a visita e leitura dos textos em: http://olhodefogo.blogspot.com/2008/12/professores-de-luto-e-em-luta-141.html.

7 comentários:

Roberto Rodrigues disse...

De facto a verdade seja dita foi sempre o CDS, que esteve contra este sistema. Bem visto pelo Nélio!

Cumprimentos

RR

André Escórcio disse...

Caríssimo, Amigo,
O CDS/PP esteve contra este sistema de avaliação. Não duvido. Mas concordará comigo que, na Madeira, o PS-M, com coragem, tendo em Lisboa um governo socialista, sempre se posicionou contra um sistema que implica ir mais longe, isto é, implica a própria revisão do Estatuto Regional da carreira Docente. E também é verdade que o PP da Madeira tem vontado sempre ao lado dessa revisão.

Roberto Rodrigues disse...

Caro André,

Sem duvida nenhuma!

Só não consigo pereceber como há ainda camaradas seus de Partido, que ainda continuam a defender este estatuto absurdo cá na Madeira.

Veja: http://farpasdamadeira.blogspot.com/2008/11/mitos-urbanos.html

E mais isto:
http://farpasdamadeira.blogspot.com/2008/11/premiar-o-mrito.html

http://farpasdamadeira.blogspot.com/2008/11/no-h-treguas-na-educao.html

É pena, não acha?

Abraço

RR

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Eu não levo a mal quem se posicione de forma diferente. Até acho interessante.
Sabe, quando fui docente na UMa, perante um qualquer tema de estudo,sempre disse aos meus alunos: todos têm razão... têm é de explicá-la com base no conhecimento científico.
Ora, neste caso, o que tenho vindo a verificar é o aparecimento de várias posições que não são acompanhadas de uma consistência teórica. Isso para mim é que me parece mau.
Um abraço.

Roberto Rodrigues disse...

A questão logicamente não se coloca nas eventuais diferenças de opinião. Logicamente que cada um defende aquele que entender.

Mas parece-me a mim caro professor, que no PS-M, existem dois ou mais PS's, quando se fala em educação. Acho que claramente não é definida uma postura que identifique a estrutura regional do PS-m sobre isto. Só há opiniões individuais, que dão para todos os gostos!...

Talvez esteja a ver mal o assunto, mas fiquei um pouco com a ideia de que não há uma posição clara e única sobre este assunto, por parte do PS-M.

Abraço

RR

André Escórcio disse...

Caríssimo,
O que vincula o PS-M, aliás como em qualquer partido democrático, é a posição da respectiva Comissão Política. E nesse aspecto há uma linha de orientação perfeitamente definida e que se funda no princípio que a Madeira pode e deve ter o seu próprio sistema educativo. Esta posição distancia-se, por um lado, das políticas do Ministério e, por outro, das políticas do PSD-M. O PS-M, neste momento, tem o seu próprio caminho, embora entenda que deve ser enriquecido com outras leituras de processo quer da parte dos militantes quer da restante oposição. A EDUCAÇÃO (tenho-me batido por isso) deve ser politizada mas não partidarizada. É um sector muito importante face ao qual deve haver estabilidade a partir de uma larga convergência de esforços.
Um abraço.

Roberto Rodrigues disse...

Estou esclarecido!

De qualquer forma esteja atento ao também socialista e professor Miguel Fonseca, que pelos vistos parece pensar também como eu!

http://bastaqsim.blogspot.com/2008/12/3-erros-tcticos-do-gp-do-ps.html

Abraço

RR