Assim, NÃO. Assim, a Assembleia, dia-a-dia, mata a réstia de prestígio que tem. O discurso do Senhor Presidente do Governo, que deveria ser pautado pela elevação, pela dignidade e profundidade na análise aos documentos em "debate", acabou por ser marginal, vazio (como a imagem) de conteúdo, baixando ao nível da rua da D. Maria, lá para os lados da Boaventura, a qual, segundo disse, motivou uma investigação. Muito pobre. Uma hora e quarenta e cinco minutos de generalidades e banalidades num tempo difícil, de falências, de desemprego, de pobreza e de necessidade de superação das dificuldades.
Dezembro costuma ser mês de circo. Foi isso que aconteceu: um discurso equilibrista, contorcionista, faquir e de muitos mais artistas que o circo contempla. Uma autêntica tortura discursiva, recheado de palavras impróprias para quem tem a nobre missão de governar uma Região.
É inaceitável, no hemiciclo, onde tantos se lamentam, e com razão, assistir a atitudes e procedimentos incorrectos, não deixa de ser também intolerável forçar os Deputados a acompanhar um improviso durante o qual a oposição é caracterizada como analfabetos, ignorantes, mafiosos, desgraçados, capachos, fascistas, vigaristas, traidores, indigentes, bufos e, numa outra intervenção do PSD, cambada de crápulas.
Afinal, pergunto, quem faz baixar o "nível" na Assembleia?
Este foi o discurso da falência política, no qual o Presidente aproveitou para desferir um despudorado ataque aos jornalistas e aos órgãos de comunicação social (a quem tanto deve), no pressuposto que "a comunicação social está feita com a oposição". Seria bom que todos os visados tomassem consciência das palavras ditas e repetidas e que reflectissem sobre a ofensa a que estiveram, uma vez mais, expostos.
A Assembleia não pode ser "Curral de Moinas" mas para lá caminha, embora sem humor. Porque este espectáculo é triste e sem graça alguma. A leitura que faço da intervenção do Senhor Presidente do Governo é que há um sério embaraço no governo para governar a Madeira. Na Guiné, por onde andei em tempo de guerra colonial, aprendi o conceito de superioridade de fogos. Quando éramos atacados, bombardeávamos, porque o fogo produzido atemorizava o dito inimigo e constituía, psicologicamente, um "calmante" para nós. Hoje, na Assembleia, foi isso que se passou: o Orçamento e a estratégia de governação ficou a um canto. O importante foi falar "curto e grosso", foi ofender, gritar e chamar os outros de indigentes! Depois lamentam, como eu, que os "coelhos" saltem no Parlamento. Por uma e outra razões sinto-me envergonhado do Parlamento a que pertenço. E tenho dificuldade em perceber como há tantos (respeitáveis pessoas) que conseguem suportar e, embora envergonhadamente, aplaudir intervenções daquelas. E de pé!!!
Este foi o discurso da falência política, no qual o Presidente aproveitou para desferir um despudorado ataque aos jornalistas e aos órgãos de comunicação social (a quem tanto deve), no pressuposto que "a comunicação social está feita com a oposição". Seria bom que todos os visados tomassem consciência das palavras ditas e repetidas e que reflectissem sobre a ofensa a que estiveram, uma vez mais, expostos.
A Assembleia não pode ser "Curral de Moinas" mas para lá caminha, embora sem humor. Porque este espectáculo é triste e sem graça alguma. A leitura que faço da intervenção do Senhor Presidente do Governo é que há um sério embaraço no governo para governar a Madeira. Na Guiné, por onde andei em tempo de guerra colonial, aprendi o conceito de superioridade de fogos. Quando éramos atacados, bombardeávamos, porque o fogo produzido atemorizava o dito inimigo e constituía, psicologicamente, um "calmante" para nós. Hoje, na Assembleia, foi isso que se passou: o Orçamento e a estratégia de governação ficou a um canto. O importante foi falar "curto e grosso", foi ofender, gritar e chamar os outros de indigentes! Depois lamentam, como eu, que os "coelhos" saltem no Parlamento. Por uma e outra razões sinto-me envergonhado do Parlamento a que pertenço. E tenho dificuldade em perceber como há tantos (respeitáveis pessoas) que conseguem suportar e, embora envergonhadamente, aplaudir intervenções daquelas. E de pé!!!
1 comentário:
Vi na TV cerca de uma hora do espectáculo. O que deu para ouvir parte de duas longas e tristes arengadas: a do chefe da bancada laranja e a do líder do seu partido. De vez em quando, um tal Coelho, com uma mala preta, fazia das suas.
Enfim, mais uma palhaçada que nos envergonhou a todos. Mas o pior é que ninguém ficou bem na fotografia: uns, porque fizeram tristes figuras; outros, porque as legitimaram com a sua presença.
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