Não discuto a iniciativa em si mesma. Trata-se de uma opção político-partidária, que diz respeito aos líderes do PND e, portanto, não comento. Agora não me demito de fazer duas leituras que me parecem importantes: primeiro, ela é consequência de uma decisão da maioria parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira, absolutamente condenável, porque se trata de uma abusiva utilização de dinheiros públicos para fins partidários como, do ponto de vista social, é de um total mau senso e oportunidade se considerarmos os tempos difíceis que a Região atravessa; em segundo lugar, a verdade é que foram entregues a 250 idosos, com mais de 70 anos, € 30,00, o que denuncia, claramente, o que significa para muitos este irrisório valor para alguns.
Trinta Euros pode significar o pagamento dos medicamentos do mês; pode significar o pagamento de uma significativa parte do passe nos transportes públicos; pode significar o pagamento de um modesto carro de compras com os produtos alimentares essenciais; pode significar um alívio no pagamento da renda casa. Pode significar, enfim, uma ajuda em algumas despesas obrigatórias, sobretudo as de farmácia.
Vi caras, sem complexos, na longa fila dos pobres, esperando a sua vez. Vi a pobreza, negada por alguns, mas que existe espalhada por aí. E quando olho para isto e dou comigo a reflectir na sistemática negação, pela maioria PSD, à atribuição de um complemento de pensão, no valor de € 50,00 a todos os que auferem pensões inferiores ao salário mínimo, pergunto, que coração tem esta gente, que sensibilidade social evidenciam perante aqueles que levaram uma vida de trabalho para agora sobreviverem, muitos na mais completa solidão. Trinta Euros, em tempo de Natal, fez a diferença entre o egoísmo e a solidariedade.
1 comentário:
Se o Deputado Coelho não explica, muito explicadinho,aos pobres velhinhos,quem lhes atenua as agruras,com os 30 euros,ainda lhes vão "soprar" que foi o Alberto João que mandou fazer aquilo...
E toca a votar no pêpêdê!
Viva o Povo Superior!
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