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domingo, 7 de dezembro de 2008

SEPTICEMIA GALOPANTE

"Tudo tem o seu tempo. Este governo já teve o seu". A frase que acompanha este espaço de comunicação e de diálogo na designada blogoesfera parece-me cada vez mais apropriada face a um conjunto alargado de indicadores e de situações que a comunicação social, felizmente, ainda vai trazendo ao conhecimento de muitos. A imagem que se consolida é que este "governo não governa", afundou-se num rol de dívidas, está de mãos e pernas atadas em função do rol de dívidas que gerou em tempo de vacas gordas e, hoje, é prisioneiro de si mesmo. Morre-se de fome mas também se morre de indigestão. O balanço da semana publicado no DN-Madeira por Luís Calisto constitui uma peça jornalística que merece uma séria reflexão, porque ela retrata a realidade desde os pequenos sinais até à profundidade das atitudes políticas. Diz o Jornalista:
"O abandono a que está votada a Casa e a Representação Permanente da Madeira em Lisboa é uma simples amostra da degradação, desleixo, letargia, irresponsabilidade e impunidade de um regime velho de 32 anos. Esta semana foi-nos dado ver um panorama em que a erva disputa espaço à relva por cortar na envolvência de um prédio na distinta zona do Restelo onde até o telefone está cortado. Dá que pensar. Há um ano, a Casa da Madeira em Lisboa era inaugurada em ambiente de festa, com convidados regionais e nacionais, do empresariado e da política (...)Tudo isto faz recordar o simbolismo de uma foto que mostrava um parque empresarial vocacionado para o pasto de cabras - com os outros parques, pior, a não servirem praticamente para nada. Temos silvado e plantas daninhas a invadir a obra feita durante os anos de esplendor em que os milhões da Europa mantinham "a Madeira em marcha". A decadência era esperada, já que, com políticas de ocasião para o voto, as consequências só poderiam sair trocadas. Porque o fio condutor da vida é o povo, a relação betão-social tem que se lhe diga. As situações práticas não terão sido acauteladas quando do lançamento dos grandes programas de realizações. A Madeira dispõe hoje de uma rede viária cheia de preciosismos mas conta com cerca de 30 mil idosos que recebem reformas e pensões abaixo do salário mínimo e a quem é negado um complemento de 65 euros(...)."
Ora, este governo encontra-se numa fase agonizante. Morre aos bocados. Há uma septicemia galopante, uma debilidade generalizada, com febre inauguracionista altíssima acompanhada de calafrios, batimentos cardíacos acelerados, mal-estar, queda de pressão, confusão mental e feridas na pele governativa. Duvido, por tudo isto, que chegue a 2011.
Os três próximos actos eleitorais serão de tudo ou nada pela manutenção do poder. Serão muito radicalizados mas também complexos a outros níveis. Não conheço o andamento dos alegados dossiês em investigação (nem tenho de os conhecer), mas se daí ressaltar alguma coisa que coloque em causa a transparência dos actos políticos, é óbvio que este poder ficará cada vez mais instável. Compete ao PS-M, maior partido da Oposição, desde já, fazer juz ao slogan de campanha: "ESTAMOS PREPARADOS".

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