Estou desolado e preocupado. Passeei pela baixa do Funchal entre as 15:00 e as 17:30 horas. Parecia que tinha tocado a recolher obrigatório. Contavam-se pelos dedos os turistas que passeavam pela placa central. Madeirenses, muito poucos. Entrei pelas ruas pedonais. Lojas abertas e a maioria sem clientes. Viaturas em circulação muito poucas!
Dois grupos folclóricos em actuação mas com uns quantos a assistir. Nem os tradicionais cafés, Apolo e Funchal tinham pessoas. Duas ou três mesas e nada mais.
Não me lembro, a cinco dias do Natal, num Sábado, a cidade estar tão parada. Mesmo antes de Abril de 74 o movimento era incomparavelmente superior. Um quadro preocupante para empresários e empregados. Será circunstancial? Infelizmente, penso que não. É a crise a bater à porta.
A sensação que tenho é que as pessoas estão a se defender. Fico com a ideia que há uma opção clara: ou as compras de Natal e as lembranças ou o supermercado. Para as duas situações não dá para a esmagadora maioria da população.
A placa central pareceu-me pobre quando comparada com outros anos. Não é que não esteja interessante mas não é motivadora. Vê-se sem parar. Tudo muito mais modesto que anos anteriores. Também aqui estão à vista os sinais da crise.
Trata-se de uma situação deveras preocupante não só do ponto de vista económico mas também do que significa a "Festa" para todos os madeirenses.
Uma curiosidade: A Igreja do Colégio estava repleta de fiéis. Vá lá saber-se porquê?
1 comentário:
Caro amigo
A Igreja do Colégio estava cheia talvez por duas razõs: as pessoas já perceberam que já so um deus as pode valer; e a missa é mais barata que o comércio local.
Será?
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