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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O MÊS DA FESTA

O mês da Festa. O mês dos sonhos, da felicidade, da Mensagem, da tolerância e da sensibilidade que leva a olhar para os outros.
Começa hoje a azáfama das iguarias, das compras, das ofertas que significam amizade em relação aos outros.
Onze meses de afastamento e um mês de proximidade; onze meses a negar o outro, de forma egoísta e um mês de compreensão; onze meses a dizer não e um mês a fazer de conta que a pobreza existe; um mês a pensar nas crianças e nos idosos contra onze meses de cegueira e de surdez; um mês de entrega de produtos alimentares e de brinquedos a quem nada ou pouco têm, contra onze meses a fazer contas aos cêntimos; um mês de sorrisos, de almoços e jantares, contra onze meses de alheamento; um mês onde as mágoas e os ressentimentos ficam arquivados, contra onze meses de agressividade e intolerância; um mês de tréguas contra onze de guerra; um mês a acreditar na belíssima Mensagem de Cristo Homem, contra onze meses de esquecimento da Palavra.
Que raio de sociedade a nossa, que raio de Mundo este que não consegue inverter estas lógicas de poder, de espezinhamento dos direitos dos outros, de corrida acéfala para qualquer coisa que nunca chega a ser distribuída pela maioria.
Para muitos acontecerá Natal; para a maioria, por razões várias, onde se enquadra uma crise fabricada pelo mundo capitalista e da qual continuarão os mesmos a sair vencedores, o Natal não será redentor, libertador e, portanto de esperança em dias melhores.
De qualquer forma vale sempre a pena chegar ao mês da Festa, porque ela traz consigo uma réstia da tal esperança que brota de dentro de nós porque, afinal, por mais empedernidos que sejam muitos corações... somos humanos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para mal dos nossos pecados, o Natal converteu-se numa lamentável artimanha destinada a satisfazer necessidades desnecesssárias, impostas pelo consumismo.
Em vez da festa da família, tornou-se uma época de frustração e ansiedade. Tempo de percorrer espaços comerciais à procura da prendas e mais prendas que os outros não querem para, em troca, recebermos aquilo que, logo a seguir, nos leva à loja para ser trocado...
Acabe-se com a mania das prendas e gozemos um Natal verdadeiro, no calor humano de um dos mais valiosos bens que ainda nos resta: a família.