Nestes dias de festa e de família procurei desligar-me do mundo da política. Todos nós temos trezentos e muitos dias por ano para essa importante tarefa. Mas, sempre fui lendo aqui e ali e não podia deixar passar em claro, obviamente porque tem a ver com o meu sector de actividade, uma situação que envolveu alunos de uma escola do Porto que apontaram uma "arma" de plástico a uma professora. A história que, segundo alguns, configura uma brincadeira, do meu ponto de vista não colhe. É inaceitável que isto aconteça. A Escola é um lugar de respeito, com regras de vivência e de convivência e as aulas, no quadro de uma liberdade responsável, destina-se a aprender. Daí que apoie, sem reservas, o porta-voz da plataforma sindical de professores, Mário Nogueira, que defendeu o apuramento de responsabilidades e a punição dos alunos" (...) "este acto não pode passar em claro" (...) "é uma atitude clara de indisciplina, totalmente inaceitável e inadmissível. Deve haver um processo de apuramento de responsabilidades e uma punição disciplinar dos alunos envolvidos".
Hoje é a brincar mas, amanhã, pode ser a sério! Para além de configurar um acto inaceitável, estas manifestações que se verificam um pouco por todas as escolas portuguesas, não devem ser toleradas. Uma coisa é a liberdade, outra a libertinagem; uma coisa é a saudável irreverência própria dos jovens e da idade, outra a má educação e a falta de respeito. Mas tudo isto acontece porque está em causa o sistema organizacional dos estabelecimentos de ensino e a inexistente cultura de responsabilidade. É por isso que tantas vezes digo que se torna necessário repensar a Escola e o seu modelo de funcionamento. Esta situação foi do conhecimento público mas quantas situações se verificam cujos autores não colocam o vídeo na Net? Quantas e todos os dias?
1 comentário:
Caro amigo
Tem muita razão. E é por aí que se deve começar: por impor o mínimo de ordem e respeito dentro das salas de aula. E, só depois da casa arrumada, quando os professores tiverem condições para trabalhar, é que se pode pensar em avaliações.
Mas parece que este (des)Governo tem uma tendência fatal para fazer tudo ao contrário. É esclarecedora a atitude do ministro da justiça. Em vez de jantar no Natal com os polícias, classe sacrificada em que muitos deles não puderam estar com as famílias, jantou com os criminosos.
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