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domingo, 7 de dezembro de 2008

TÃO "AMIGO" DOS PROFESSORES...

Já nada me espanta no Senhor Presidente do Governo Regional. Ontem, sobre a avaliação de desempenho dos docentes, num acto de absolutíssima e inqualificável demagogia política, veio dizer que, por ele, na Madeira, não havia avaliação de professores. Numa terra tão pequena, disse, conhecemos todos e até sabemos quem são os maus. A ideia foi esta se bem que não consiga colocar as palavras textualmente ditas. Só não percebi, num quadro mais alargado de análise política, se os bons serão os social-democratas e os maus, porventura, os da oposição e os independentes! Mas adiante.
É preciso que fique claro (uma vez mais) que os docentes querem ser avaliados e devem ser avaliados. A questão que se coloca é a de acordar num modelo, inevitavelmente, de base formativa, subordinando a avaliação de desempenho, pela sua importância, a três preocupações essenciais: enquanto componente estratégica para quem governa; enquanto ajuda no comportamento táctico ao nível da escola e, finalmente, enquanto comportamento técnico desejável ao nível da sala de aula. São estes três vectores que, uma vez conjugados, podem recentrar a atenção no processo ensino-aprendizagem. Associado a estas preocupações, no quadro da autonomia dos estabelecimentos de ensino, caminhar no sentido do desenvolvimento de uma cultura de desempenho que, a prazo, traga outra relevância na dinâmica escolar e ao processo educativo.
Mas, já agora, tão "amigo" que parece estar dos educadores e professores, sugiro que mande pagar aos educadores e professores o tempo de serviço congelado, reposicionando-os nos novos escalões da carreira, acabe com a prova de acesso ao 6º escalão, tudo isto como aconteceu nos Açores, e mande rever o Estatuto da Carreira Docente Regional porque, em matéria de avaliação ele é igual ao da Ministra. Tudo isto, antes da aprovação do Orçamento Regional para 2009.
Nota:
Carta do Leitor, da minha autoria, publicada na edição de hoje do DN-Madeira.

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